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sábado, 7 de julho de 2007 |
Perfil
Muita gente sabe que ainda estou no começo da casa dos 20, mas que apesar da pouca idade tive que virar gente grande mais cedo do que o geral das outras meninas dos anos 80.
Praticamente todos os dias acordo de mau humor, durmo com dois travesseiros e um bichinho de pelúcia, mas inexplicavelmente acordo sozinha e tudo jogado no chão. E também não durmo sem uma garrafinha de água do meu lado, mesmo que tenha noites que eu sequer toque nela, já em outras minha irmã pode acordar nervosa reclamando do barulho que faço pra chupar a água.
É! Eu divido o quarto com minha irmã. Apesar de um dia já ter morado sozinha e lavado as minhas roupas na mão.
Eu odeio que me mande fazer as coisas, vou emburrar e se fosse em outros tempos eu gritaria bem alto dizendo que você não manda em mim. Se pedir com jeito vai ficar parecendo que eu estou fazendo porque quero. E todos nos seremos felizes nesse momento.
Eu amo esmalte vermelho e cremes para o cabelo, como chocolate somente na TPM, mas acaba valendo pro resto do mês. Amo macarrão das mais várias formas. Não quero quem me quer.
Já fui muito de falar, hoje prefiro ouvir. Descobri que talvez ouvindo as pessoas, consigo resolver meus problemas mais do que se eu os contasse a alguém. Sábado à tarde em casa me da nostalgia, então quando não vou sair prefiro dormir.
Tenho ciúmes dos meus livros, dos meus pais, irmãos e meu cachorro. Não sou escrava de dieta, tenho estrias e celulite, e vivo brigando com a gordura localizada, mas apesar disso sou feliz bebendo minha cerveja com as amigas, ou um vinho com alguém especial, ou nem tanto assim.
Sou implicante, e se não for com sua cara logo você vai perceber, não vou ser grossa, porque sou somente com quem já me conhece e sabe entender meu jeito turrão. Mas serei fria. Odeio intimidades com quem não me conhece, mas sou surpreendentemente intima e desbocada com amigos de longa data.
Defendo muito minhas opiniões, e faço as pessoas caírem em contradição sempre que quero descobri algo.
Não tenho milhões de pretendentes, pelo menos que eu saiba. E os que tenho ficam de longe admirando, e perdendo tempo. Acho que os assusto. Geralmente os homens que me acham chata e briguenta são os que querem namorar comigo e me conhecer melhor.
Sempre tento me convencer de que amo alface, tomate, espinafre e folhas em geral, mas como mesmo por obrigação. Amo pizza. Mcnífico bacon, mas nunca comi um big mc na vida. Tenho milhares de colegas, na academia, no trabalho, na rua, antigos e novos, mas poucos amigos.
Gosto de privacidade, e quando começo a me enjoar das pessoas eu sumo. Por um tempo dou um tempo, odeio responder os scraps dizendo que estou sumida.
Odeio mentira. E se for pra escolher entre um amor e uma amizade, eu escolho a segunda. Sou engraçada, reclamo das coisas com bom humor, e sei rir das minhas próprias desgraças. Mas sinto dó das pessoas, e odeio isso em mim.
Aprendi a tomar decisões e não me arrepender delas, por mais erradas que sejam de alguma forma aprendi algo. Descobri que não preciso gritar para ser entendida ou consegui as coisas. E que as coisas podem mudar sim, mas depende somente de mim e que ninguém mais poderá fazer se eu não fizer.
Descobri que o amor e a paixão que eu espero existem somente no cinema, e que se eu dramatizar menos e leva um relacionamento tranqüilo posso consegui algum tipo de estabilidade. Descobri que quero estabilidade.
Sou indisciplinada pra algumas coisas e muito certa pra outras. Queria ser disciplinada em tudo, mas sei que é querer demais.
Aprendi a gostar da tranqüilidade, e sei que isso pode significar amadurecimento. Correr riscos já não me dá tanto tesão na vida. E dúvidas já não me deixam tão incucada assim.
Odeio joguinhos de amor, e geralmente saio fora antes mesmo do primeiro não-telefonema. Odeio homens que acham que só porque beijou minha boca, eu vou querer namorar ou estou pseudo-apaixonadinha por ele, e assim somem, e depois aparecem com desculpas esfarrapadas. Assim perdeu beijos e talvez uma amiga.
Não me envolvo fácil, e sei separar muito bem minha lista de amores de um dia, de uma semana, de um mês e aqueles pra sempre. Mas quando me envolvo fico meio idiota sem saber o que fazer, e fico com preguiça e desisto antes mesmo de acontecer.
Não quero ter filhos, quero criar cachorros.
Não consigo deixar de ser loira, e não consigo instalar minha web cam.
Sou ambígua. E meio paranóica com ansiedade, acho que 24 horas do dia é pouco, queria mais. Sou determinada, dramática, observadora, reclamona e mimada.
Sou mulher, mas posso ser menina. Sou menina, mas posso ser mulher. Só depende do clima e de como o sol nasceu no dia.
Afinal ser eu o tempo todo é chato, então faço incógnita para me disfarçar.
Por Comissária * às 13:19 |
